Últimas Notícias

 Língua e preconceito linguístico, temas do Vestibular da Unb 
         No último vestibular da Universidade de Brasília (UnB), o tema Linguagem e Sociedade foi contemplado em toda a prova do primeiro dia — Língua portuguesa, História, Geografia, Sociologia, Filosofia e Artes. Culminado no tema da redação (também realizada no primeiro dia): “Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó”: a língua de um povo não se faz com preconceito de prescrição. Ao abordar o tema, comente as noções de “preconceito” e “prescrição” e apresente sua visão sobre a relação entre povo e língua.

A seguir, compartilho a dissertação por mim produzida na prova:



“As idiossincrasias de um povo ou de um individuo, no que tange à língua e à fala, são por vezes renegada. Tendo os fatores sociais relações de prestígio com determinadas variações linguísticas.

A institucionalização da norma culta de uma língua é primordial para o advento de uma nação. Não raro é observado povos dominarem outros através de uma tentativa de apagamento linguístico. Na formação da América espanhola e na do Brasil, por exemplo, houve casos de imposições políticas e religiosas da língua dos colonizadores.

No Brasil, devido a pluralidade da formação do povo e ao tamanho do país, é aclamada a rara unidade do idioma oficial. Contudo ela pode ser contestada em vista as variações idiomáticas presentes nos estados da nação. Todavia, esses fatores agregam valor à riqueza cultural de um povo.

A utilização errada de uma língua, só pode ser vista como tal, mediante o contexto. E estar atrelada a preconceitos incorre em maléficios para a realização plena de ordem cultural e social de uma população.”

Por Lucas Lira.
Veja também o comentário do professor Marcos Passos, do cursinho ALUB:

"A discussão esperada pela banca examinadora provavelmente condiz ao ideal de que a língua é um mecanismo de interação social e não um aspecto a ser utilizado para segmentar a sociedade, segregar classes, definir o que é certo e errado. Uma língua é parte de um povo e para isso constitui cultura, isto é, o modo de ver o mundo e conceber o espaço do homem diante desse. É importante que o aluno, ao construir o texto, use linguagem formal, respeite as margens e faça referência a conectivos para estabelecer coerência e coesão. Para isso, os textos motivadores instigam, nitidamente, os argumentos que poderiam direcionar as discussões levantadas pelo candidato. Além disso, toda a prova do 1º dia foi composta por textos com a temática língua, nação, estrutura social brasileira, o que, possivelmente, contribuiu de forma positiva para a escritura da redação."


______________________________________________________

Opinião de uma especialista sobre a polêmica criada sobre o livro de Português recomendada pelo MEC.



____________________________________________________
DPU quer recolher livro que defende fala coloquial
30/05/2011 19:24:00

A Defensoria Pública da União no Distrito Federal (DPU-DF) entrou com uma ação na Justiça Federal para que sejam recolhidos das escolas públicas os 485 mil exemplares do livro "Por uma vida melhor". A obra defende que o uso da língua coloquial - ainda que com seus erros gramaticais - é válido na tentativa de estabelecer comunicação.

"Você pode estar se perguntando: 'Mas eu posso falar os livro?'. Claro que pode", diz um trecho. Segundo o livro, caso deixem de lado a norma culta, os alunos podem sofrer "preconceito linguístico". "Fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico. Muita gente diz o que se deve e o que não se deve falar e escrever, tomando as regras estabelecidas para a norma culta como padrão de correção de todas as formas linguísticas."

Para o defensor público federal Ricardo Salviano, questões de sociolinguística não devem ser discutidas dentro da sala de aula. "Escola é lugar onde se deve ensinar a norma culta. Se você diz que falar errado é aceitável, está prestando um desserviço à sociedade", critica.
Uma comissão formada por professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) aprovou "Por uma vida melhor". Ao todo, 4.236 escolas escolheram o livro, a partir de informações que constavam no Guia do Livro Didático. "Quem define as políticas públicas educacionais é o MEC, que tem responsabilidades, sim, sobre qualquer material encaminhado às escolas e financiado com verba federal", afirma Salviano.
Na semana passada, o ministro Fernando Haddad disse que houve "uso político" do episódio. "A quase totalidade das pessoas que criticaram o livro não o leram. Fazer uso político para atacar o Ministério e colocar essa profissional (Heloisa Ramos, uma das autoras) numa situação completamente injusta não me parece o caminho mais adequado pra discutir educação", disse Haddad. O MEC não pretende recolher o livro.

Acesse a matéria aqui.

___________________________________________________________

Haddad vai a audiência pública defender livros didáticos

Ministro terá de explicar críticas a FHC e elogios a Lula em obras, ensino da língua portuguesa e abordagem da homofobia

Priscilla Borges, iG Brasília | 30/05/2011 19:21


O ministro da Educação, Fernando Haddad, terá de rebater a questionamentos de senadores sobre polêmicas que têm movimentado o Ministério da Educação nos últimos meses. Conteúdos de livros didáticos distribuídos às escolas públicas pela pasta e a abordagem da homofobia no material didático são os temas sobre os quais os senadores da Comissão de Educação querem conversar com o ministro.

Haddad vai participar de audiência pública que será realizada na Comissão de Educação do Senado nesta terça-feira, a partir das 10h. O ministro já confirmou presença no evento. No último dia 17, ele havia sido chamado para participar de outra audiência, mas não compareceu. Ele mandou representantes que foram impedidos de falar em nome dele no evento. A comissão decidiu então fazer novo convite a ele, que, desta vez, aceitou.
Acesse a matéria completa aqui.

Por Aline Barbosa

______________________________________________


Um visão diferente sobre o Livro do MEC


Encontrei uma postagem de um professor de Português no blog Lauro-Português que apresenta uma visão diferente sobre a polêmica do livro de português do MEC, nessa postagem é possível ver um trecho do tanto falado livro.

Para ver  a postagem  clique aqui.



Por Gabriela Freitas.

___________________________________________________________________________
Para aqueles que ainda não leram o capítulo clique aqui e relate suas impressões!
Por Aline Barbosa